O ciclo do tempo e o apreciar da vida

Tenho um amor pela música que me acompanha desde menina. Cantava pequenina inspirada pela avó e mãe afinadas que tive a sorte de ter. Cantava embalada pelo amor do meu pai pela música e a vitrola que tinha destaque na sala de casa. Pela vitrola passaram tantos nomes. Milton, Mercedes Sosa, Gal, Gil, Chico, Música Clássica e tantos mais.  O amor cultivado pelos meus me invadiu, frutificou e multiplicou em tantos mais. O ritual da vitrola e disco que arranhava e a agulha que acabava foi substituído pelo CD e  a música deixou de ser palpável para ser presença na nuvem e aplicativos. 

A mesma música que uniu as gerações também uniu a mim e a minha filha, mas ela nunca soube o que é esperar pela chegada de um disco,  passar algumas horas fazendo a seleção das faixas e gravar na fita cassete para poder escutar a sua seleção no carro.  

Tantas tardes escutando discos e decorando letras e contando o dinheirinho para adquirir o disco desejado. Esperando o disco chegar na loja, esperar para escutar a música na minha casa e ser dona daquele espaço de sonho.

E de repente, nesse fim de semana, vem da minha filha o pedido para a compra de uma vitrola. E no embalo paramos em uma feira para a compra de discos.

Confesso que no primeiro momento, me senti irritada de estar voltando no tempo. Afinal, foi ela que me convenceu a deixar de ter músicas e ir para o Spotify.

Sou tão apegada a música que minha riqueza é tê-las. E de repente me senti traída. Eu que havia desapegado por influência dela, vi ela voltando a ser como eu era.

Mas depois do primeiro impulso sentimental meu coração ficou aquecido porque a vi desfrutar o ritual musical do disco. O de tirar um tempo e viver a música. O ritual que uniu tantas gerações estava lá através da música.

Nossa música e cultura tem tanta gente a ser celebrada e o que precisamos entender é que  a arte nos une como povo e como gerações.

Precisamos celebrar a cultura que desperta em nós os sonhos, os sentimentos. Com música nos transportamos e independente do tempo que vivemos nos unimos com os nossos queridos, mesmo os que aqui não mais estão.

Hoje, senti que mesmo quando aqui eu não estiver mais, no ritual da música estarei junto com minha filha.

Que esse mundo compreenda que a arte nos une, nos leva a ser mais e nos aprimora.

Que a arte nos leva a amar e a sonhar livremente.

Obrigada aos artistas que nos inspiraram cotidianamente e nos levam a uma vida mais feliz. Pelo menos a minha é.

Obrigada Lara. Minha vida contigo é muito mais rica e feliz!

Obrigada por me dar esperanças da renovação da vida e do amor.

Gentileza comigo mesma

Domingo, verão, dia de calor intenso. Fui a praia. Minha caminhada cotidiana que me leva ao meu programa preferido.

Antes de sair de casa, me arrumo, arrumo minha bolsa ( minha bolsa de praia esta preparada para um dia de cuidado na praia, nada demais para você mas fundamental para mim), havaianas no pé, abro o aplicativo de música, escolho as minhas músicas preferidas e começo minha caminhada para praia.

Para cada música, uma cena, uma paisagem mas a personagem da cena, alias de todas as cenas, que se sucedem nesses últimos anos é uma só. Eu mesma.

Não sou mais a mesma mas tenho familiaridade com cada passo, com cada mudança e com cada característica minha. Confesso, que não fui gentil a cada mudança que sofri. Tenho descoberto que me culpo por não ter me mantido igual externamente ao que já fui em outros tempos. Não tenho tido um olhar generoso comigo. E apesar de afirmar que busco relativizar e me proporcionar outros olhares. Dentro de mim, continua morando a minha maior crítica.

Vejo que não sou somente eu que coloca desafios de retorno a fotografia da minha antiga versão. Como se todo o meu esforço e dedicação fosse possível fazer o tempo voltar. Vejo que não fomos ensinados a nos ver dentro da nossa realidade com acolhimento e gentileza.

Fomos treinados a não ver beleza nos detalhes e especialmente a beleza de maneira diversa e com foco na beleza que reflete a felicidade interna.

Podemos muitas vezes, em alguns momentos, perceber a beleza de quem resolve se dedicar a si mesmo e aos seus sonhos. Ou podemos admirar a beleza de quem ousa e busca apostar na coragem de perseguir o que ama para não levar uma vida sem sonho e realização. Mas não entendemos que essa é a beleza verdadeira, a beleza que acende nosso fogo verdadeiro. Aquele que atrai a todos e nos mostra ao mundo.

Não sou mais magra, meu cabelo não é mais preto como era antes, meu peso alterou meu corpo, a dureza dos meus músculos não é mais a mesma por mais que eu me exercite, meu fôlego e disposição mudaram mas eu sei que internamente quando encontro algo que amo, tenho dez anos e me sinto como uma criança pronta a aprender, abraçar e principalmente a me amar.

Por isso, ao conversar com amigas e amigos, estimulo que pratiquemos um olhar com mais gentileza para o nosso sorriso aberto, para a nossa gargalhada escandalosa, para o nosso humor refinado e esqueçamos por um momento que a nossa cintura não é mais a mesma mas que o que importa é que vivemos, ganhamos experiência e podemos compartilhar com aqueles que são o nosso oposto mas querem trocar para tornar a vida mais rica e viva.

Para cada gordurinha a mais eu digo que a encararei com o foco na saúde mas que sei que tenho um sorriso, coração e a alma mais forte, preparada e feliz do que antes. Que minha gentileza e amor comigo, irão me ajudar a ter força para entender que perco um pouco da beleza da juventude mas ganho mas brilho de dentro que ilumina as estradas que virão pela frente. E nesse momento minha crítica interna fica pequena que praticamente desaparece.

Por isso amigos, encarem a si mesmos com gentileza e amor. Vejam a sua beleza. Não se oprimam pelos modelos de beleza inatingíveis e divulguem ao mundo a beleza que do sorriso que habita a sua alma e rosto.

O corpo que caminha para a praia ficará leve, se iluminará pelo sol de verão e se deixará levar pela sua trilha sonora te levando a lugares que você não esperava!

Impermanência é a chave para a liberdade.

Quando crescemos; percebemos que uma das únicas certezas da vida é a impermanência.

Tudo muda o tempo todo, para todos. Podem ser pequenas mudanças, grandes e até mesmo revoluções.

O certo é que mesmo quando achamos que temos todo o controle do mundo, a vida te desafia de uma maneira certeira e pode tirar de você todo o controle que você julgava ter.

A vida é dinâmica e traz ensinamentos. É preciso estar atento à escola que nos candidatamos quando aceitamos a aventura que é viver.

Somos ensinados a pensar que se fizermos tudo corretamente os lucros, ganhos e certezas aparecerão como mágica. Igual ao um jogo quando atingimos um novo patamar e somos presenteados com novas vidas e riquezas. Mas isso é no jogo, não é na vida.

E a vida mostra que não existem regras, caminhos a seguir mas que o caminho inicial e final é o mesmo para todos.

Somos tão habituados a achar que o caminho é igual para todos que adotamos verdades universais como: Vivermos muito até morrermos velhinhos. Que nos apaixonaremos jovens e estaremos sempre prontos para o caminho do sucesso, acreditamos até nos contos de fada. Mas vida faz a sua aparição; muda a regra quando menos esperamos e nos lança no vazio para entendermos que não temos controle algum.

E quando vemos alguém jovem partir, ou perdemos amigos, amores e trabalhos nos desesperamos porque nos damos conta da impermanência da vida e da nossa vida como achamos que ela é. Nesse caso só nos resta a fé para não sucumbir ao desespero.

Esse pensamento já me tirou o sono e criou muita ansiedade algumas vezes. Sou controladora. Porém depois de ver minha vida imaginada ser atropelada tantas vezes pela vida real, comecei a entender que certo mesmo é se entregar a aventura de viver.

E quando falo viver é ser você mesma em plenitude. Estar presente, abraçar, beijar, celebrar, brigar, perdoar, dançar, cantar, fazer o que te faz feliz e principalmente AMAR. O importante é é saber que aproveitou mesmo que tenha sido um dia ruim.

E acredite, os dias ruins depois de algum tempo tomam outras perspectivas. Servem para ajustar as nossas lentes, servem de ensinamento para uma nova versão sua mais forte, mais você e mais pronta para viver.

Entre a vida e morte existe uma única palavra AMOR. Escreva vida e morte continuamente e a palavra amor está lá:

VIDAMORTE

Não é fácil aceitar as mudanças e perdas. É devastador se ver sem nada. Já tive alguns momentos assim mas não troco quem sou hoje depois das vivências que tive. Sinto que não seria eu de maneira completa e até posso, quando me perguntam, falar que sobrevivi e aprendi a viver de outras maneiras. Não melhor ou maior mas do meu jeito.

Viver a impermanência e o momento presente é um exercício muito difícil quando nos damos conta que todas as chaves para a nossa segurança podem não estar conosco um dia. Mas quando eu entendi que só temos o dia de hoje e que posso aproveitar com todas as pessoas que estão comigo nesse momento; encontrei a chave para a liberdade.

Por isso viva o presente plenamente e deixe a vida acontecer! Viver e amar são a resposta!

Cinema….

Fim de semana chegou!
Nem praia e parque porque a chuva imperava.

Chove chuva...chove sem parar!

Criança e mãe em casa e Alice nas telas. Nada mais divertido do que ir ao cinema para a dupla. Partimos com destino certo, compramos o ingresso e aguardamos a sessão.

Esqueci que não somente eu mas, boa parte das pessoas que moram no Rio de Janeiro, tiveram a mesma idéia.

Tudo bem! Vamos nos divertir, basta não passear no shopping e ficar na fila do cinema.

Mas, não é que esperar nos faz observar!

Em primeiro lugar, vejo o pedido deseperado do bilheteiro em colocar a fila reta. Parece simples mas não é…Após a chamada do porteiro vejo uma mãe com um olhar perdido (prefiro pensar assim…) se encaixando na fila ao invés de ir para o final dela. Como o meu olhar não estava perdido, passo a encará-la e ela, sem jeito, pergunta:

– A fila não é aqui?????

Eu respondo:

-Minha senhora, a fila está fora do cinema e a senhora fora dela!

Ela responde

– AHHHHHH

Tem gente que nem na escola aprendou a enfrentar fila!

Depois, vemos que a sessão termina mas, não podemos entrar na sala. Me pergunto porque?

Eis que surge o bilheteiro e nos explica:

– A sala está sendo limpa e vocês tem que aguardar…..

Eu aguardei 10 minutos e não estou exagerando.

A sala foi entregue limpa mas demorou dez minutos, pensei. Sabe porque? Porque a sala foi entregue IMUNDA!

Desde pequena minha filha me pergunta:

– Mãe, onde eu jogo o lixo?

Eu respondo:

– No lixo!

Parece simples mas não é! Além de falar, eu jogo o lixo no lixo! Inclusive o que consumo no cinema! O copo, a embalagem das pipocas e demais gostosuras saboreadas! Pois para filho não bastam palavras, tem que ter o exemplo!

Mas me parece que nossa população assim não o faz! Porque já fui em cinemas de vários bairros e no final da sessão vejo todos caminhando em direção a saída e deixando para trás o seu rastro de consumo.

O rastro que mais me deixou assustada foi o do cinema do Shopping Leblon, que tinha papel de bala pelo chão!

Além de ter que ver que as pessoas não pensam no lixo, chego a uma outra conclusão:

– As pessoas pensam que é obrigação dos funcionários do cinema arrumarem o seu lixo.

Além de pensarem assim elas também não pensam no próximo. Porque se pensassem, veriam que ao jogar o seu lixo no lixo, a sala seria arrumada de maneira mais rápida e consequentemente os próximos se acomodariam antes na sala e não se cansariam de esperar em pé na fila!

Se você faz sua parte, passe essa idéia adiante. Caso esteja no grupo do deixa que o funcionário limpa…Pensa um pouco na gentileza de poupar o seu semelhante. Quem sabe um dia você será poupado!

Afinal, como dizia o profeta: Gentileza, gera gentileza!

Ausência…

Nesse período em que estive distante do blog aproveitei para ler e me atualizar.
Li, de tudo um pouco, me diverti e aprendi muito.
O livro que mais me marcou foi o biografema da Nise Silveira.

Nise da Silveira

Vi em sua vida e luta, exemplos e referências que direcionam.
Mulher nascida no início do século passado, Nise se formou em Medicina em 1937.
Quando veio para o Rio, a cidade fervilhava e Nise por ser intelectual e inquieta aproveitou todas as oportunidades e viveu grandes desafios pessoais.
Digo oportunidades pois para mim, as dificuldades são oportunidades disfarçadas e, acredito que quando somos inteligentes, transformamos as dificuldades em oportunidades de crescimento e aprendizagem.
Nada na vida dessa mulher foi fácil. Sua luta para se estabelecer como mulher, profissional, ser humano foi intensa e se existiu uma caraterística que a marcou até o final de sua existência foi a capacidade de se indignar até o fim.
A vida de Nise foi dedicada aos marginais, aqueles que não se encaixavam e que foram taxados de loucos.
Ela nunca os escarou dessa forma e em uma luta contínua mostrou que se podia mergulhar junto com essas pessoas e resgatá-las de seus mundos particulares.
Seu trabalho é reconhecido mundialmente mas eu fiquei triste por desconhecer sua obra.
Isso me fez pensar que muitas vezes o que realmente importa é esquecido.
Vejo hoje na cultura das celebridades ídolos que nada tem a oferecer.
Vejo na mídia a necessidade de fazer mitos. Mitos estes que, em sua juventude, perderam-se nas drogas e muitas vezes morreram por excesso delas. Mas não vejo a mídia mostrando aqueles que dizem não e buscam a felicidade no cotidiano.
Pois bem, gostaria de dizer, a Nise, mesmo falecida, que admiro sua trajetória de trabalho, vida e convicção.
Me espelho nela. Nela encontro força e convicção para saber que as coisas boas estão fora do quadrado e que requerem muito trabalho e convicção.

Porque a maior lucidez está em viver a vida com plenitude.
Nunca se esquecendo de você e do próximo.
Quem quiser saber mais sobre a Nise pode ler seu livro, brilhantemente escrito, por Bernardo Carneiro Horta. O livro se chama Nise, arqueóloga dos Mares.
Existe vasto material na internet também.
Pesquisem, estudem mesmo sem saber o que e o porque, depois tudo fará sentido.

Caminhe e descubra....

Nosso encontro

Nesse dia te espero…
Sem compromissos prévios
Sem explicações
Simplesmente te espero.

Acreditei que precisava de muito.
Descobri que não preciso de nada.

Acreditei que te agradar, saber de tudo sobre você, te conhecer seria a resposta.
Descobri que isso levaria a sua perda definitiva.

Sou. Logo existo!

Descobri que sou eu que devo me conhecer.
Devo desvendar os meus mistérios e comemorar a minha caminhada sem fim.
Devo proclamar independência de você e eterna dependência de mim.

Quando sou eu e me descubro,brilho intensamente.
Pois sem quem sou, para onde vou e por mais que me perda,
Desfrutarei a viagem e aprenderei com ela.

Minha viagem é eterna!

Não me entenda mal!
Essa não é uma viagem egoísta.
Você pode estar e contar comigo.
Mesmo ausente estarei presente.
A minha ausência será a minha continuidade.
A minha continuidade é o meu compromisso de estar inteira.

Custei a entender que me apaixonar e te venerar me matava aos poucos e lentamente.
Descobri que isso não é amor.
Isso é paixão!
E estar apaixonada é estar doente.

Por essa razão marque o seu próprio encontro.
Quando te encontrares e começar a contemplar seu próprio horizonte.
Eu estarei lá, junto de você.

Ciclos

Ontem, vi um documentário sobre o poeta Manoel de Barros.
Passei a querer conhecer sua obra pois amei o ser simples e rico que ele hospeda.
Dentro do programa em um trecho ele comenta como temos que ter respeito pelas crianças e suas sabedorias.
Ele relata a experiêcia dele e do seu filho. Fala como o filho observava a vida na fazenda e um dia ele falou para o pai ao observar o entardecer..
– Pai o dia envelheceu!

sunset
Olha o dia envelhecido!

Achei lindo isso! Como as crianças com sua simplicidade e sua sabedoria nata traduzem de maneira direta a beleza da vida.
Acredito que elas nos ensinam todos os dias e muitas vezes é duro reconhecermos que estamos errados e buscarmos nos corrigir.
Talvez seja, porque fomos ensinados que errar é ruim. Não fomos ensinados que através dos erros encontraremos o acerto.
Basta contiuarmos a buscar!
Pensando nas crianças me vem o seu oposto, os idosos.
E observo todos os dias como estamos sem carinho com a parcela da população que mais cresce no Brasil!
Esquecemos que um dia fomos crianças preocupadas com os mais velhos e um mundo melhor.
Esquecemos que um dia seremos iguais a eles e ai eu pergunto a você:
Quem será gentil e educado conosco se as pessoas estão esquecendo de ser gentis e educadas com os idosos e as crianças?

a alma não envelhece!

Temos que lembrar todos os dias que a vida é um ciclo e que todos nós estamos juntos nessa viagem.
Por essa razão o respeito deve sempre imperar. Quando respeitamos uma criança, respeitamos a criança que um dia fomos. Quando respeitamos o idoso, ganhamos o respeito para o idoso que seremos um dia.

Pense sempre nisso, pense como o poeta gentileza!
– Gentileza gera gentileza!

E lembre-se que sempre receberemos gentilezas e carinhos de pessoas que nunca esperamos.

Com isso em mente o mundo fica um lugar melhor de se viver!

Consumir ou não consumir eis a questão!

Cara amigo ou amiga,

Todos os dias sou bombardeada com apelos de consumo de todos os tipos.

Quando era eu somente já era uma tarefa difícil mas depois que me tornei mãe passou a ser uma tarefa de resistência mental.

Imagine uma cena de cinema onde o personagem resiste a tortura de várias perguntas e finalmente para alegria do interrogador cai em contradição.

Pois é caro amigo e amiga, essa sou eu, ou melhor, era eu ao passear com a minha pequena em pequenos templos do consumo como shoppings!

Mãe compra isso para mim, quero isso, pode levar aquilo para mim! Eram tantos os pedidos que por mais forte e convicta nos meus valores educacionais eu acabava cedendo.

Sorria....vem um presente por aí!
Sorria....vem um presente por aí!

Porém um dia a crise financeira chegou e, negar era mais do que uma medida econômica, era uma medida de sobrevivência. E o não passou a ter que ser a palavra do dia.

Passei a evitar os shoppings e estipulei metas para os presentes. Já tinha a regra do natal, dia das crianças e aniversário mas passei a defender essas datas com vigor.

E expliquei a minha pequena que ela escolhesse o presente que mais queria para a data e sabe qual foi o resultado?

Ela passou a escolher com convicção e melhor a avaliar o quê ela realmente queria! Conquista dela e minha! Hoje ela é segura quando quer um brinquedo e melhor sabe o valor dele em relação a uma porção de coisas.

Outra medida foi mudar de canal de tv. Nós assistíamos muito a Discovery Kids e a Disney mas esbarrei no Canal Futura e sua programação noturna para os pequenos.

E quanta alegria. O Futura não tem comerciais de brinquedos e a programação é maravilhosa. Tem Teca na tv, Sítio do Pica Pau Amarelo e Madelaine. Nos divertimos e não somos bombardeadas por propagandas de brinquedos, roupas e sapatos.

Nessa horas somos mãe e filha que se divertem vendo tv e sua programação.

Hoje consumimos de maneira consciente e se formos gastar o nosso rico dinheirinho iremos viajar e conhecer o mundo pois sabemos que a real alegria não está no que se tem mas no que você é.

E para sermos melhores temos que conhecer o mundo, culturas e pessoas!

Ai que delícia!
Ai que delícia!

Amores!

Sou romântica! Romântica assumida!
Sou tão romântica que quando vi Bridget Jones me acabei de rir!
Não sei se vocês lembram da cena dela com o Daniel Cleaver. Quando eles se beijam e ela imagina a cena do casamento dos dois? Pois é essa era eu!
Digo era porque sofri muito sendo assim.
A natureza romântica continua mas a natureza romântica que me tira os pés do chão, está em trabalho constante de desmaterialização.
Estou procurando aprender com os fatos e com as pessoas.
Digo pessoas porque no quesito romance homens e mulheres sofrem a séculos!
Não aguento mais as mulheres que culpam os homens por seus sofrimentos e os homens que se dizem vítimas de mulheres e por isso sofrem!
Todos nós sofremos porque colocamos nos outros nossas expectativas!
Quantas vezes não superestimei um beijo, um carinho, um telefonema!
E acabei sofrendo para depois descobrir que o motivo do sofrimento era irreal.
Era algo que eu pensava existir mas que de verdade não existia.
Hoje vivo o dia. O momento presente.
Me vigio quando me vejo traçando cenários futuros em relação a vida amorosa. Isso não existe! Digo sempre para mim! O que existe é o hoje, o momento presente.
Com isso ganho o sabor da surpresa e o descompromisso.
E aprendi que quando o presente vem é porque ele tinha que ser meu.
Não precisei me esforçar e nem deixar de ser eu mesma para conquistar nada.

Nesse mundo cheio de cores e possibilidades espero...
Nesse mundo cheio de cores e possibilidades espero...

E como na música do Billy Joel: I love you just the way you are!
Acontece, simplesmente assim!
Por isso quando tiver o amor em sua vida. Viva. Aceite ele como vem.
Você saberá que é amor porque ele te respeita do jeito que você é.
Ele pode vir de várias formas e jeitos.
Pode ser que venha pelo seu filho antes do seu marido.
Pode ser que venha da sua mãe.
Pode ser que venha do seu namorado antes da mãe e do pai
Pode ser que venha dos seus amigos.
Existem tantas formar de amor; viva todas intensamente e seja feliz!
Hoje sei que o amor é algo raro. Raro mesmo. Poucas pessoas são abençoadas por ele.
Mas sei que quando o temos não o aproveitamos por completo.
Ele está em doses homeopáticas. E muitas da vezes invisível por conta da rapidez que nossa vida exige.
Não deixe que sua vida não seja colorida! Ame. Quando você menos esperar será amado!

Elevador

Bom mesmo é amar,
Em liberdade.
Nos corredores vazios, correndo perigo.

Você me transporta......
Você me transporta......

Desejo pulsante, reprimido, que quer ser livre.
Como é bom o descompromisso.
Eles nos deixa mais leves,mais desejosos.
Sinto seu corpo: Teso, quente, fluido.
Entrelaçados desejamos o encontro.
Tempo curto e intenso.
Intenso e vivo.
Estou mais viva, estou mais eu.
Até….